Crónicas de um expatriado tuga temporário em Rhode Island, Estados Unidos. Detalhes da vida quotidiana.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
O Bidé
Acabou-se-nos o bidé, pois aqui nos Estados Unidos, em muitos casos, desconhece-se a existência desta maravilha francesa do Séc. XVIII. A minha casa não tem nenhum e tampouco os inúmeros hotéis onde já estive. Mesmo aqueles com as estrelas máximas. Em consequência, ponho-me a imaginar como os nativos tratam a sua higiene mais íntima. Ou ora, quando sentem a necessidade de um bidezinho, metem-se de corpo e alma dentro do chuveiro porque nos Estados Unidos estes são fixos na parede e sem as sempre estragadas extensões (e sobre isso escreverei numa outra oportunidade) o que me parece algo trabalhoso, ou então aí vão mais umas voltas de papel higiénico. Não tive oportunidade de verificar as estatísticas quanto à incidência de hemorróides e seus tratamentos nos dois lados do Atlântico, mas não tenho dúvidas que o papel do bidé será de extrema relevância nesse estudo.
Os mais brilhantes bidés que conheço das minhas viagens, são sem dúvida, os brasileiros. O meu sonho agora, é ter um. Com um chuveirinho mesmo a meio, suplantam as expectativas, principalmente quando possuídos de uma força intensa, capaz de uma limpeza massajadora, que deixa qualquer usuário mais do que satisfeito com os resultados obtidos!
Porque?
Mudamo-nos para Rhode Island a 30 de Agosto deste ano. Minha mulher, uma filha com 5 anos, o bebé com agora nove meses e o Simão, nosso Golden Retriever. Vivemos em Narragansett, uma simpática cidade entre o mar e a Baía de Narragansett, por sorte um verdadeiro paraíso para a vela (sim, sou velejador) e uma beleza natural surpreendente. Newport fica a cerca de 7 km.
Minha missão profissional, da qual não pretendo escrever aqui, está prevista terminar em meados de 2012, quando voltaremos para o Porto.
Resolvi criar o Blog para memória futura, informar os amigos sobre particularidades da vida quotidiana e também quem pretenda passar pela mesma aventura, comparando o que há de bom e mau nos dois mundos, sem procurar ser demasiado sério. Este deve ser um espaço para alguma boa disposição. Quanto mais o tempo passa fora de Portugal, mais apercebo-me que temos tudo para ser um grande país. Falta-nos o rumo correcto.